(Atualização) Beja: Indiciado de homicídio qualificado autor fica em prisão preventiva.


ATUALIZAÇÃO: O funeral de Francisco Ferro realiza-se esta quinta-feira às 15,30 horas, para o cemitério de Beja.

O Lidador Notícia (LN) sabe que a autópsia ao corpo da vítima de homicídio foi efetuada esta manhã no Gabinete Médico-Legal de Beja, na presença de inspetores da Polícia Judiciária. O LN está em condições de avançar que o teste ao covid-19 deu negativo. O corpo sairá às 14,00 horas para as Casas Mortuárias de Beja e hora e meia depois será o funeral.

Indiciado da prática de homicídio qualificado, ficou em prisão preventiva o assumido autor material do crime de terça-feira ocorrido na rua Ezequiel Soveral Rodrigues, em Beja.

O juiz de Instrução Criminal do Tribunal de Beja, determinou a medida de coação mais gravosa ao homem de 59 anos, detido como suspeito do homicídio de um amigo de 63 anos, ocorrido nesta cidade.

O arguido esteve perante o juiz cerca de uma hora, tendo dado entrada no Estabelecimento Prisional de Beja, onde vai aguardar julgamento, às 15,15 horas de ontem, vinte e quatro horas depois de se ter entregado à PSP.

O homicida era viciado nas raspadinhas, jogo onde há uns meses terá ganho 25.000 euros, mas a dependência do vício, voltaram a deixa-lho sem um tostão. A alguns conhecidos que lhe vendiam jogo, terá deixado algumas dívidas de várias centenas de euros.

Segundo apurou o Lidador Notícias (LN) junto de fonte do processo, “o arguido confessou o crime, assumindo remorsos pela morte do amigo e mostrou-se disponível para cooperar com a justiça, para a descoberta do que esteve na origem do desenlace fatal”, justificou o nosso interlocutor.

O desentendimento por dívidas entre Manuel dos Santos e Francisco Ferro (na foto), homicida e vítima, terão estado na origem do violento crime com arma branca, que ocorreu na casa do primeiro dos homens, onde o outro vivia há uns meses. Munido de uma faca de cozinha, “Blé Açorda” desferiu sete facadas no “Chinês” que estava deitado e não hipótese de se defender, tendo tido morte imediata.

Depois do crime, o homicida lavou as mãos e braços, mudou de roupa, saiu de casa, abandonando a arma do crime no local, andou cerca de 200 metros, foi a um café próximo e pediu para chamarem um táxi. Ao taxista, o homicida pediu que o levasse ao Jardim do Tribunal, nas traseiras da Esquadra da PSP, onde depois de andar mais 200 metros confessou ter morto um homem.

Agentes da PSP foram a sua casa e encontraram o corpo da vítima, prostrado na cama num banho de sangue.

O LN conversou com o taxista que transportou o homicida, que pediu para não ser identificado, que começou por dizer que “já tinha transportado o individuo várias vezes e não houve qualquer sinal ou conversa que deixa-se perceber o que se passara”, justificando que “só uma hora depois é que soube do crime”, rematou.

“Eram 13,54 horas, quando recebi uma chamada da Associação dos Dadores de Sangue para transportar um cliente. Perguntou-me se o tribunal estava aberto, mas não explicou porquê. Pediu-me para o deixar junto ao jardim. Pagou-me e abalei”, sustentou. O LN sabe que o taxista ainda não prestou declarações à PJ a quem foi entregue a investigação, por se tratar de um crime de sangue.

Entretanto a autopsia de Francisco Ferro só deverá ocorrer amanhã (sexta-feira) no Gabinete Médico-Legal de Beja, depois de se conhecerem os resultados dos testes ao covid-19, que em caso de resultarem positivos, levarão a que aquele procedimento foral seja dispensado.

Teixeira Correia

(jornalista)


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