Beja: Festival B (22 a 24 de junho) com residências artísticas nos dias 18 e 19 e junho.


Antes do arranque oficial do Festival B, que se realiza entre 22 e 24 de junho, Beja vai receber, nos próximos dias 18 e 19 de junho, uma série de residências artísticas.

Nos próximos dias 22, 23 e 24 de junho (programa festival B), o centro histórico de Beja vai ganhar uma nova vida com a grande diversidade de espectáculos únicos que vão tomar conta dos quatro palcos que irão engrandecer o património edificado da cidade.

No sentido de consolidar o trabalho de criação que tem vindo a ser feito pelos artistas nacionais e locais, e que culminará na apresentação de espectáculos únicos, de criação artística, no Festival B, as residências artísticas vão decorrer no Cine-Teatro Pax Julia, no Centro Unesco e no Centro Social do Lidador.

Quanto ao FESTIVAL B, destina-se a celebrar “a música, a cultura e a identidade do Baixo Alentejo”. A iniciativa decorre em 2018 e 2020. Em 2019 e 2021, realiza-se o “Cidade de Mariana Alcoforado”.

Na apresentação, Paulo Arsénio, presidente da Câmara de Beja, justificou que é “uma iniciativa de território. O Festival B, significa os quatro Bês, de Beja, do Baixo Alentejo, de Bienal e de Bitemático. É o celebrar o Património Imaterial da Humanidade da UNESCO, do cante alentejano, do petisco (Dieta Mediterrânica) e do fado”.

O presidente da Câmara Municipal de Beja sustentou que “é um projeto a 4 anos, a realizar nos anos pares (2018 e 2020) e que nos anos ímpares (2019 e 2021) terá o festival “Cidade de Mariana Alcoforado” e que terá 4 palcos espalhados pela monumentalidade edificada do centro histórico da cidade”, rematou.

O Museu Regional, a Torre de Menagem do Castelo, o Museu do Sembrano, a Praça da República, a Igreja da Misericórdia e a Santa Casa da Misericórdia, serão os cenários em destaque no Festival B, que o edil socialista defendeu como “uma iniciativa diferenciadora de e para a região”, acrescentando que nos três dias do festival “haverá quatro palcos abertos no centro histórico, sem trânsito e propício aos passeios no património edificado da cidade”, concluiu.

“Queremos que seja a celebração da cultura do Alentejo, e de Portugal. É o festival da nossa música, da nossa cultura e da nossa identidade”, sustentou.

Ao longo do Festival B, Beja vai receber 25 espetáculos, onde atuarão mais de 40 grupos ou artistas que o tornarão “único e inovador”, esclarecendo que “não vem substituir” a iniciativa que o anterior executivo comunista promovia, o “Beja na Rua”, porque “não tem continuidade e são coisas totalmente diferentes”, justificou.

Quanto aos custos da iniciativa, Paulo Arsénio afirmou que este “custará 150 mil euros mais Iva, candidatado a fundos comunitários e se tudo correr bem, a autarquia vai gastar 15 a 20 mil euros”, disse.

Quanto ao “Cidade de Mariana Alcoforado” a realizar em 2019, o mesmo visa “celebrar os 350 anos da primeira publicação das Cartas Portuguesas da freira que viveu na nossa cidade”, revelou Paulo Arsénio.

O cantor bejense Paulo Ribeiro, será o diretor artístico do festival que o autarca definiu como “a pessoa certa para colocar este projeto no lugar a que aspiramos”, resumiu.

O artista justificou que a iniciativa foi pensada na base de um objetivo de “valorização da nossa língua e da nossa identidade, com a fusão de vários tipos de músicos”, lembrando as atuações de Ricardo Ribeiro com o Grupo Coral Ganhões de Castro Verde, de Cuca Roseta e os Vocalistas, ou mesmo de Katia Guerreiro, com os jovens cantadores cubenses Bafos de Baco. Para celebrar o fado amador, haverá dois espetáculos só com oito artistas da cidade.

Celina da Piedade, Marco Rodrigues, Valas, Ricardo Ribeiro, Monda, Alentejo Cantado e António Caixeiro são alguns dos artistas convidados que estarão hoje, pelas 18h00, presentes na BTL na apresentação do Festival B.

Teixeira Correia

(jornalista)


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